sábado, abril 30, 2011

Encontro-te algures no tempo.
O tempo que já passou, passa e passará.
Se te encontro é nesse tempo.
E quando te encontro, perco-te logo a seguir.
Algum dia o nosso encontro permanecerá.
Quando, ainda não sei. Nem sabe o tempo.
Mas sabemos (tu, eu e o tempo) que esse tempo irá chegar.
O local não sei se será importante.
Talvez será, talvez o lugar será a chave de nos encontrarmos.
Até lá é uma incógnita que permanece no ar sem darmos muita importância.
É um encontro de que se fala com muitas expectativas, mas muitas das vezes sem importância.
Como algo banal. Como a beata do cigarro que permanece abandonadaa no chão depois de ter sido fumado.
Os cafés são banais, o bairro alto e as discotecas também. Porquê?
Os encontros são banais, os encontros que se dão nos locais são banais. Sem qualquer teor ou motivo pálpavel ou de alguma importância.
Se te encontro aí não é o encontro.
Se te encontrar aqui também não.
A incógnita permanecerá como uma nuvem enquanto o dia não chegar.
E quando esse dia chegar, conseguiremos identificar esse dia? Será que já não passou?
Há dias que penso que já chegou, noutros penso que nunca irá chegar.
Assim não me iludo, nem dou importância ao pensamento, ao encontro.
E os dias vão passando, os cafés vão passando, os copos vão passando, as músicas vão passando e nós (tu, eu e o tempo) vamos passando até que o dia chegue.

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