domingo, outubro 27, 2013

Inércia

Portanto, ando eu atrasada e muito além do prazo de entrega das coisa. Ando eu muito desligada daquilo que me dá prazer fazer. Ando eu a adiar para amanhã ou "agora só na segunda-feira porque amanhã é sábado". Velhos hábitos que estão a ser difíceis deixar e que chateia que ainda continuem cá. Mas depois há pessoas que cantam e têm uma voz maravilhosa e que não desistem das suas paixões. Depois sou eu que só quero dormir um dia inteiro sem interrupções para se quando acordar tenho forças para fazer aquilo que já devia ter sido enviado. Depois ando eu sentada no sofá tipo vegetal que nem forças para acender um cigarro tenho. Ando eu,eu ,eu ,eu e os outros. Sempre que penso que consegui vencer o cansaço nem que por um bocado, ele voltou. E os prazos continuam há muito expirados e eu cá ando a tentar mexer uma pestana e a sorrir e a dizer "Boa tarde." ás nove da manhã. E o cérebro só envia gritos de socorro por algum descanso e mesmo que não cumpra os prazos ele não descansa e a frustação aumenta porque nem prazos, nem prazer, nem realização, nem concretização, nem descanso. e lá vou eu tentar acender aquele cigarro e conseguir aquela força final para fazer algo antes do joão pestana bater à porta e eu desmaiar na cama.

terça-feira, março 26, 2013

Partida(s)

A cidade não parou. A Tua partida estava iminente e a cidade não parou. Já não estou contigo sempre que quero ou que é possível. Para conseguir trocar duas linhas escritas contigo e logo de seguida obter resposta é preciso quase um milagre. É uma realidade que muitos dos portugueses passam hoje em dia. Mas sei que foste à procura de melhor. Saudades dos dias em que passávamos em frente a uma televisão ou apenas sentadas numa esplanada. A cidade não parou mas o meu mundo parou. Quis suspender aqueles últimos minutos e não consegui. Quis ir contigo mas não pude, Quis pedir-te para ficar mas não podia, não posso. As minhas vontades não podiam se sobrepor ao teu futuro e à tua decisão. Se pudesse iria contigo, sabes que sim. A minha vontade de ficar aqui é nula, permanecer neste local é inexistente. Quem sabe daqui a um tempo não estarei contigo, na mesma cidade, mas não no mesmo país. Não pretendo ser Fernando Pessoa nestas poucas linhas que escrevo, muito menos um Edgar Allan Poe ou outro génio da literatura. Aqui o meu objectivo não é esse. Quero apenas expressar algo que tenho reprimido há algum tempo e que não conseguia expressar de outra forma. O meu objectivo é dizer aquilo que sinto. É querer deixar registado que o meu mundo parou e a cidade não. O meu mundo parou sem a tua presença.

quinta-feira, março 14, 2013

Análise na madrugada de 14-03-2013

As "trevas" são algo com que vivi toda a minha vida. A tristeza, a vontade de partir, de não pertencer e pertencer noutro lugar também. É algo com que aprendi a viver e vou fazendo as pazes com elas. Mas sonho sempre com algo melhor, que quando acordar o dia terá mais cor, mais esperança, mais futuro. Contínuo a repetir erros vezes e vezes sem conta, tentando não cair neles uma outra vez. A minha última recaída foi em Setembro de 2012. Não há muito tempo atrás, mas para mim parece que foi há uns anos. Também não tive grandes chances de o cometer de novo. Neste momento penso onde estava há um ano atrás e começo a perceber que me encontro mais ou menos na mesma situação. A diferença? A diferença é que tenho alguém, para além dos habituais amigos, que me dá força e faz-me ver que mereço melhor. Que sou melhor, apesar de tudo o que me dizem e me querem fazer sentir (a partir da minha perspectiva)que sou de digna de mais, e valho alguma coisa.A diferença, é que tenho mais força, que acredito mais em mim e tenho mais vontade de lutar por mim do que atirar-me ao tapete. A diferença, é que estou diferente...

Desabafos 18-02-2013

Hoje fico. e ficarei por muito tempo. Espero que ao ficar consiga avançar pelo menos um passo neste pequeno espaço que me deixo ficar. Na minha mente já viajei pelo mundo e deixei pessoas amadas para traz. No entanto contínuo neste espaço que carece de forma geométrica e que me prende a este lugar. A saída não encontro. Encontro pistas, tarefas, obstáculos que dizem que me indicarão a saída depois de todas elas cumpridas. Quero acreditar que isso irá acontecer. Caso contrário estarei à deriva como um barco de papel no mar e não tardará para que me desfaça e afunde na profundidade funda daquele oceano.