sexta-feira, dezembro 23, 2011

algo inacabado.

-?

-não percebeste?

-percebi

-então?

-eu não queria ter percebido…

-então porquê?

-porque o que tu acabaste de dizer não é teu…

-não é meu porquê?

-porque tu não és assim. Porque tu és uma pessoa quente e carinhosa. Nunca dirias algo assim…

-fui para a cama com o teu irmão.

-não repitas. NÃO ACREDITO EM TI

-se não acreditas porque gritas? Estou a dizer-te isto porque achei que devias saber, não para fazeres esse filme todo.

Nesse momento Bruno olha para ela incrédulo. A mulher com quem partilha a sua vida há 5 anos não é aquela que está á sua frente.
-Quando?

-o que interessa isso agora?

-o que.. ACHAS QUE EU NÃO TENHO O DIREITO DE SABER??!
Primeiro dizes-me que eu devia saber que foste para a cama com ele e agora dizes que não interessa quando?!

-porque foi antes de te conhecer.

Neste momento Bruno vira-lhe as costas e sai.
Soraia acende um cigarro e abre a garrafa de vinho. Passaram-se horas até que Bruno voltou para casa. Claramente embriagado, agarra em Soraia e possui-a ali no sofá da sala.

Partilham o cigarro.

-porque é que resolveste contar-me isto agora? Porque não mais cedo? No início?

Ficou calada.

quarta-feira, agosto 31, 2011

!

á muito que não escrevo porque não consigo escrever nada coerente. a minha mente salta de uma ideia para a outra e volta ao mesmo e torna-se a perder. sei o porquê mas não quero falar sobre isso.
vamos dançar e esquecer que o dia de hoje já passou e que o amanhã vem aí e que nada mudou. esquecer, esquecer, esquecer.. e no entanto o pensamento volta ao mesmo, o mesmo que são vários mas é o mesmo e faz uma espécie de rewind e fastforward que até me deixa completamente zonza. tudo parece o mesmo, os gestos, as vozes, as sombras e as palavras. as palavras são todas iguais, não há uma diferente. não se alteram em nenhum sentido e não consigo sair desse registo. fugir seria o ideal. perfeito. uma nova identidade uma nova vida uma nova mente. porque tudo é igual e a coragem já se foi há muito, há muito mais tempo de que me apercebi que ela já cá não estava, que deixou de existir. apenas ficou um vazio, um poço sem fundo.

sábado, abril 30, 2011

Encontro-te algures no tempo.
O tempo que já passou, passa e passará.
Se te encontro é nesse tempo.
E quando te encontro, perco-te logo a seguir.
Algum dia o nosso encontro permanecerá.
Quando, ainda não sei. Nem sabe o tempo.
Mas sabemos (tu, eu e o tempo) que esse tempo irá chegar.
O local não sei se será importante.
Talvez será, talvez o lugar será a chave de nos encontrarmos.
Até lá é uma incógnita que permanece no ar sem darmos muita importância.
É um encontro de que se fala com muitas expectativas, mas muitas das vezes sem importância.
Como algo banal. Como a beata do cigarro que permanece abandonadaa no chão depois de ter sido fumado.
Os cafés são banais, o bairro alto e as discotecas também. Porquê?
Os encontros são banais, os encontros que se dão nos locais são banais. Sem qualquer teor ou motivo pálpavel ou de alguma importância.
Se te encontro aí não é o encontro.
Se te encontrar aqui também não.
A incógnita permanecerá como uma nuvem enquanto o dia não chegar.
E quando esse dia chegar, conseguiremos identificar esse dia? Será que já não passou?
Há dias que penso que já chegou, noutros penso que nunca irá chegar.
Assim não me iludo, nem dou importância ao pensamento, ao encontro.
E os dias vão passando, os cafés vão passando, os copos vão passando, as músicas vão passando e nós (tu, eu e o tempo) vamos passando até que o dia chegue.

sexta-feira, abril 29, 2011

Coisas (claramente!)

Há coisas que compreendo.
Outras que não compreendo.
Há aquelas que quero compreender e compreendo.
Há ainda aquelas que não quero compreender e compreendo.
Melhor: julgo compreender e não compreender mas no fim não sei de nada. Nem daquilo que se passa comigo.
Novela mexicana, dobreada em brasileiro, com produção argentina e actores chineses.
Penso que é isto. Não?
Enfim, também não importa.
Só sei (lá está) que é uma salganhada expressa em bom português ou uma merda.
Comprender para quê?
Procurar uma razão para quê?
Afirmar-me para quê?
Rebaixar-me porquê?
Alguém sabe a resposta?!
Eu julgava que sim mas hoje não.
E deixei-me dessa ilusão porque cansei de tentar perceber o porquê das coisas, as razões das coisas, as perguntas das coisas, as desculpas das coisas, os egos das coisas, os pensamentos das coisas, as teorias das coisas, as práticas das coisas, tudo das coisas.
Limito-me a levitar sobre as coisas.

sexta-feira, abril 22, 2011

ok

portanto.. há revolta, mágoa, saudade, amor, tristeza, felicidade, amizade, agonia.
por isso eu quero só um momento, um segundo sem isto tudo. principalmente a revolta.
é tão grande que não consigo ter algum tipo de reacção que iguale tudo o que está cá dentro. caem-me algumas lágrimas mas não chega. não posso bater em nada ou alguém. não posso berrar. desaparecer para onde não haja alguém. tenho apenas este lugar que me consome a cada dia, a cada segundo. cada vez mais me tira o ar que respiro, a minha essência, a minha alegria, me rouba de mim. torno-me num ser cinzento, alguém que se confunde com as paredes e com o chão que se pisa. a dor é grande é forte mas não há nada que a acalme.
enfim...

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Mudanças

E falo de mudanças de uma casa para a outra e não interiores ou exteriores.
É simplesmente stressante e desgastante.
Para começar quando têm que ser feitas à pressa é complicado. Depois não se tem tempo para pensar como é que vamos arrumar as coisas e quando chegamos à outra casa andamos tempos e tempos à procura das coisas.
O divertido destas mudanças é ver as pessoas a gritarem umas com as outras e a perderem a calma enquanto tu estás na tua, a ouvir um reggae na tua cabeça e a imaginar que estás a chilar numa praia. Quando dás por ti já arrumas-te mais de metade das cenas enquanto os outros discutem como é que as coisas devem ser feitas.
Como sabes que não te vão ouvir e vão começar a berrar contigo, continuas na tua e quando falam contigo acenas e dizes que sim.
O bom das mudanças é que encontras coisas que procuravas há tempos e não encontravas. Também descobres que tens coisas que mais valia irem para o lixo e vão.
Enfim, é isto minha gente.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

será?

pergunto-me por quanto tempo mais terei o teu fantasma atrás de mim, à minha volta, em mim. por quanto tempo mais. n sei o que foi, se foi derivado dos acontecimentos recentes na minha "nova" vida em que tu eras apenas uma lembrança. não sei. não faço ideia. sei apenas que o teu fantasma ontem voltou para me assomnbrar e hoje também.
em tempos amei-te e até hoje que naquele tempo te amei como nunca amei antes nem vou amar no futuro. pode ser precipitado o que estou a dizer, mas eu acredito mesmo nisso. pode ser uma forma de me proteger mas eu acredito piamente que isso é verdade.
amei-te e não foi pouco e terminei porque as dúvidas eram muitas e a pressão imensa. são as memórias de hoje.
ao deparar-me com aquele texto, aquele belo e malvado texto apercebo-me o quanto te magoei. rrecordo-me de cada momento, de cada palavra, de cada sentimento. e dir-te-ei até ao fim que foste o 1º que amei inteiramente e completamente e que admito que te magoei a um nível desumano.
gostava imenso de passar um dia inteiro contigo. 24h complectas. sem interrupções. falarmos e ficarmos verdadeiramente amigos, não aquilo que se passa entre nós agora. portanto.. a ver se assim alivio um pouco desta pressão, nostalgia, culpa, remorsos, saudades.

"E se eu te disser que te amo. Acreditas ?

Eu acredito quando o dizes.

Sinto que se estiver ao pé de ti nada de mal me nos pode acontecer, porque tu estás lá.

TU és o meu herói. O MEU amor. Não permito que sejas de mais alguém, nem me permito ser de mais alguém.

Amo-te e não me canso de o dizer. Não me canso porque ele é verdadeiro e sincero.

Já não tenho medo porque sei que estás comigo.

As “Terras” que nos separam não me importam. Não me importa estar contigo apenas um segundo, por que sei que serei sempre tua e tu meu.

Tinha medo que tudo o que sentimos fosse vão e apenas uma paixão de verão, mas já não tenho porque seria injusta contigo se as tivesse.

Não me importa os meses que estaremos longe um do outro. Não me importa não te ter presente fisicamente, se tenho o teu coração e tu o meu.

Se viver para sempre no teu pensamento fico contente. Se for para sempre tua não posso pedir mais nada.

Estarei completa.

Quando digo que te amo.. Acreditas ? Espero que sim porque é verdadeiro.


AMO-TE ! <3 @"

deixo-vos um pouco das minhas memórias, do meu ser, do meu passado, um pouco de mim....

domingo, janeiro 02, 2011

Algo

dou por mim a pensar em tudo. relembro os bons e os maus momentos. as boas e más decisões. chego à conclusão que foi por algum motivo.
tenho uma saudade imensa mas ela é rejeitada. porque daquilo que sinto saudade não foi verdadeiro.
realizo-me a cada minuto e a cada minuto sinto-me mais forte e mais completa. deixando a vergonha e o medo para trás com aquelas lembranças.